quarta-feira, dezembro 22, 2010

Pilatos Cavaco

TSF:

No final do debate, interpelado pelos jornalistas, o actual Chefe de Estado afirmou «nada ter a ver com o caso BPN», frisando que se trata de um «caso de Justiça».

Cavaco Silva, actual presidente da República tem nada a ver com Oliveira e Costa que foi seu Secretário de Estado. Nada a ver com Dias Loureiro, seu ministro, compadre, apoiante activo e mandatário em várias ocasiões, amigo de convites para cerimónias privadas e dirigente da SLN e responsável pela contratação de outros dignos correligionários.

Cavaco Silva nada tem a ver com essa gente, agora que o caso é da Justiça. E Cavaco não interfere com a Justiça. Nem mesmo para demitir um PGR a pedir publicamente para o ser.

4 comentários:

lusitânea disse...

Cavaco só interfere na justiça por humanismo natalício.Vamos ficar com mais 3 expulsos a enriquecer-nos...

Floribundus disse...

o pcp devia ter feito o elogio do 'gamanço' das herdades no Alentejo.
até o meu quintal quizeram ocupar.
deixaram morrer à fome as poucas ovelhas que tinha.
vivem do ódio a tudo e todos.

mitos suburbanos 'anti ancient regime'. pretendem novo dilúvio e matar tudo o que mexe

Joaquim disse...

Sendo certo que a passagem desses tipos constitui uma nódoa no passado de Cavaco também me parece que qualquer chefe de governo está condenado a ter gatunos no seu governo. Mas realmente no episódio loureiro e na sua inaceitável nomeação para o Conselho de Estado quando já toda a gente sabia a espécie de indivíduo de que se tratava e a sua relação real com a república são uma mancha política.
Mas o roubo por via do bpn aos contribuintes / país tem a assinatura de um governo (e de um premiado governador de portugal) aceite complacentemente por toda a classe política, plano em que a responsabilidade de Cavaco, em termos relativos, me parece diminuta (embora quem o considere inteligente e honesto, como é o meu caso, esperasse mais dele num caso de decisões difíceis e contra-corrente, o veto que ele fica a dever ao país).
De qualquer modo da complacência com a gatunagem à comparticipação xuxa ainda me parece que vai uma distância...

ferreira disse...

Eu gosto de analogias, mas Pilatos não tinha realmente nada a ver com aquilo. Lavou as mãos que estavam limpas.